segunda-feira, 14 de julho de 2014

Pra você...




Passenger - Let Her Go

"O baú começa a não fechar mais, há tanta coisa dentro dele: aquele "ponto final" que não deu, a explosão que deveria ter dado em certo momento, o sentimento preso por muito tempo. O baú não fecha mais e está ficando difícil de esconder, as pessoas olham, questionam e julgam por não conhecer. Não são só as folhas que caem no outono, pois as memórias vem sem desculpas ou permissão te tornando fraco, frágil e novamente as pessoas não entendem e continuam te perguntando porque você está assim. Ora, diga então tudo o que está preso na garganta, bata nas paredes, em corpos e exploda como um vulcão, deixe o baú transbordar um pouco ou até mesmo se esvaziar de vez. O que te prende? Pare de ser gentil com as pessoas, pare de ser tão idiota garota." (http://jeehcherem.blogspot.com.br/2014/04/let-her-go.html)


John Mayer - Friends, Lovers or Nothing


"Não temos compromisso e isso põe lágrimas em meu rosto, mas consigo viver com isso. Vamos sair do muro? Amigos, amantes ou nada. E eu estou me decidindo agora: nada. E como das outras vezes, você vem com voz mansa dizendo que poderíamos nos ver mais uma vez e fazer coisas, mas não desta vez. " (http://jeehcherem.blogspot.com.br/2014/01/friends-lovers-or-nothing.html)


Los Hermanos - Azedume


"E eles não têm ideia do inferno que está a minha mente. As palavras se repetindo, as cenas é um verdadeiro carnaval na minha mente. Toda noite é este inferno e eu não tenho um cigarro ou hidropônica para aliviar esse tormento, nem mesmo um vinho." (http://jeehcherem.blogspot.com.br/2013/09/azedume.html)


                        Lynyrd Skynyrd - Tuesday's Gone

"Sim, eu preferi destruir aquele lugar, pois não quero retornar toda noite, sabendo que não terei sua pele morena para que aquecer e os pés entrelaçar, terei que sobreviver a isso, mas não se preocupe, eu estou bem. Depois de tanto tempo terei que refazer meus passos, meus muros, meus dias, minhas noites, mas não se preocupe, ficarei bem. " (http://jeehcherem.blogspot.com.br/2013/09/tuesdays-gone.html)



Fine Frenzy - Almost Lover

"Que não o tenha, afinal de contas, ponhamos um fim e sustentarei minhas lágrimas com um sorriso, prego minha língua para não dizer o que  você nunca saberá, pois não deixarei que saibas o quanto fui tola e o quanto sou. E seguro-me para entardecer o futuro-passado, tornando-o mais presente. Talvez não tivesse que ser feito, mas faço. Eu não estou sabendo mais jogar, fui desarmada pelo meu futuro-passado.Me traga mais uma taça de vinho, nunca apreciei tanto seu gosto em minha boca amarga."   (http://jeehcherem.blogspot.com.br/2013/04/almost-lover.html)



Florence and The Machine - Hardest of Hearts

"Não haverá, nunca alguém por aqui e a canção já terminou, pois então que se acrescente mais sete palmos e que minha hidropônica se faça presente. A água entra em meus pulmões e eu continuo a respira, não consigo parar, meus pulmões incham e até que seja tarde demais, eu estarei no fundo, onde se tornou o lugar mais seguro no final. Eu sei onde irá terminar, não gostaria, mas sei. Mesmo sabendo, ainda é algo que me preenche, pois está grudado em minha língua e estampado em meu rosto, escorre pela minha pele e me deixa marcas. Não saberás como fui tola, uma boba, mas isso não é desculpa para o estado em que me vejo." (http://jeehcherem.blogspot.com.br/2013/03/hardest-of-hearts.html)



Foo Fighters - But Honestly

"Os cachos que tanto já mudaram, agora veem-se escuros, apagados. Os olhos ora de criança, agora se tornam perdidos. Um rosto delicado, porém mostrava além de bondade... lágrimas. Parecia um grande sotão, preenchido com todas as lembranças, brinquedos, objetos, músicas. E o velho espelho se mostrava tão receptivo e dizia "livre-se disso". O reflexo se mostrou duvidoso, passageiro. E assim foi." (http://jeehcherem.blogspot.com.br/2012/10/but-honestly.html)


Los Hermanos - Lágrimas Sofridas

"Ela diz "te amo" e ele desconversa. Por um breve momento ela se recorda de todos os 577 dias que eles passaram juntos e percebeu que nunca ouvira isso dele, somente quando ela estava decidida a ir embora e não voltar, só então ele dizia o quanto a amava e queria ficar com ela, dizia até suas qualidades e como era bom tê-la. " (http://jeehcherem.blogspot.com.br/2014/05/lagrimas-sofridas.html)


Hateen - Sozinho a Dois

"Bom, você aparece do nada no meio da rua e eu estava desprevenida, você me abraça e fica mudo, não fala algo que valha ou que me faça sentir melhor, então eu faço o mesmo, saio sem olhar pra trás, sem arrependimento desta vez." (http://jeehcherem.blogspot.com.br/2014/06/sozinho-dois.html)




Tom Odell - Another Love


"Talvez eu me jogue da pedra mais alta ou jogue você, ouvir a cabeça e todo o corpo bater no fundo e depois não ouvir mais nada. Viver sem qualquer fingimento, sem você precisar fingir para mim que estava tudo bem e sumir sem explicação para retornar como se nada tivesse acontecido. Acho que vou jogar você no abismo e ouvir seu corpo estalar lá no fundo." (http://jeehcherem.blogspot.com.br/2014/05/sabe.html)


domingo, 22 de junho de 2014

Sozinho a dois



Sem olhar para trás, até porque você não fará ou dirá qualquer coisa que mude nossa situação, só a tornará pior e continuará a brincar. Não estamos num filme ou conto de fadas onde você surge do nada no meio da rua, me pega de surpresa e desprevenida, me abraça e tudo fica bem. Bom, você aparece do nada no meio da rua e eu estava desprevenida, você me abraça e fica mudo, não fala algo que valha ou que me faça sentir melhor, então eu faço o mesmo, saio sem olhar pra trás, sem arrependimento desta vez. Vou cumprir com o que falo, assim como você me mandou fazer, sem volta, sem dó. Você volta e age como se tivesse tudo bem, se diz confuso e acha que eu vou solucionar a tempestade na sua mente, mas eu não farei mais isso, este é o seu trabalho agora e eu não estarei mais aqui para te ajudar, como você disse, você bagunçou a minha vida e eu tenho que arrumá-la agora, sem você.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Sabe...

Sabe, ontem eu peguei suas coisas pus em uma sacola e guardei numa gaveta, tal gaveta que não irei abrir tão cedo. Aquela blusa que eu sempre vestia quando dormia na sua casa foi guardada também, pois não quero usá-la sabendo que não estará comigo. A pulseira, que em minha mente insana e doentia fiz de aliança também foi guardada, pois ela era o elo mais forte e eu precisava me libertar de tal corrente. Eu precisava por você numa gaveta e esquecer, colocar você numa gaveta e esquecer até você ficar sem oxigênio. As fotos eu não guardei, eu achei mais apropriado me desfazer e a lixeira foi o destino delas, pois não quero mais nenhum pedaço seu em mim, nas minhas coisas, nas minhas músicas.Chega.

Sabe, eu perdi muitas músicas depois que nós terminamos, na verdade para ser bem sincera, bem antes de terminarmos eu já havia perdido, músicas realmente boas, a voz que eu adorava não posso mais ouvir. Você me roubou lugares, sorrisos e me deixou sem nada, agora estou tendo que me reencontrar sem nenhum traço seu, porque depois de 577 dias viver sem um traço seu é quase impossível. Mas estou lutando, estou vivendo porque não ficarei de braços cruzados, não ficarei deitada numa cama chorando. Chega.

Sabe, as vezes eu tenho tanta raiva que quero te fazer mal, fazer você se sentir pior do que está se sentindo. Eu não deveria ter mandado sinal de vida ontem, você não deveria ter me mostrado sua irmã mesmo sabendo que eu iria adorar vê-la, eu não deveria saber da sua vida para não sentir esse peso todo de novo e a vontade imensa e doentia de querer participar da sua vida de novo.

Sabe, as músicas se esgotaram, só restou o silêncio e um abismo. Talvez eu me jogue da pedra mais alta ou jogue você, ouvir a cabeça e todo o corpo bater no fundo e depois não ouvir mais nada. Viver sem qualquer fingimento, sem você precisar fingir para mim que estava tudo bem e sumir sem explicação para retornar como se nada tivesse acontecido. Acho que vou jogar você no abismo e ouvir seu corpo estalar lá no fundo.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Lágrimas Sofridas

Para ajudar a leitura: 



Ela diz "te amo" e ele desconversa. Por um breve momento ela se recorda de todos os 577 dias que eles passaram juntos e percebeu que nunca ouvira isso dele, somente quando ela estava decidida a ir embora e não voltar, só então ele dizia o quanto a amava e queria ficar com ela, dizia até suas qualidades e como era bom tê-la. Manipulação emocional é a pior que existe. Percebe que ele andou distante nas últimas semanas, não entendia o motivo, sofreu por não ter ele por perto, mesmo sabendo que ele sempre esteve ali para ajudá-la, mas naquele momento ele não estava e parecia não se importar.  
As certezas que ela tem sobre a vida não se encaixam mais com as dele ou ele que não se encaixa no novo cenário que ela se encontra. Ela já não o enxerga mais nas suas escolhas e percebe também que não participa mais dessas, ela simplesmente o notificava e era decisão dele acompanhar ou não. E parece que ele não quis acompanhar.  Ela se vê com 28 anos e ele não está no cenário que ela sonha, outro homem tomou o lugar que ela um dia desejou que fosse dele, mas não será assim e mesmo ela tendo somente 22 anos, ela sabe o que ela quer pra vida dela, planeja e até brinca com a ordem dos sexos de seus filhos. E ele mais uma vez não está.
Em uma noite ela pensou em conversar com ele sobre onde ele se veria quando fosse mais velho, quando ela tivesse com 28 anos, ele já teria seus 30 anos e perguntaria se era a idade que ele gostaria de ter filhos. Sim, ela pensou na possibilidade dele ser pais dos dois filhos dela. Inocente, ele não será. Pois o amor que ela nutria por ele era maduro, impulsivo e doentio, ela tinha certezas e ele dúvidas, ele se assustava e perdia a fala quando era o momento de ele ser firme e simplesmente responder. Ela nunca entenderá o porque de ele agir feito um menino com medo da resposta da mãe ou ele não se importava mais e no meio das suas dúvidas esqueceu de avisá-la que ele não sabia  o que ele queria.
Sua mente a faz voltar nos 557 dias que eles passaram, em tudo o que ele fizeram, tanto juntos quanto para se manterem juntos e depois de tantos meses ela acaba sentindo que tem que existir algo a mais, parecia que tinha chegado um momento em que ela sentia que queria uma certa mudança ou algo que estava faltando. Um posicionamento. Para ela era hora de eles realmente resolverem o que seria deles dois ou o que não seria e a distância dele somente fez mal.

Amiga, agora eu digo, você estava certa, estava certa ao falar que isso iria me dilacerar e me matar por dentro e aos poucos. Estava certa ao dizer que estava sorriso naquele dia, mas que depois de três dias eu estaria mal de novo. Só esteve errada numa coisa: não demorou três dias. Me desculpe por não te escutar, não seguir seus conselhos, mas como já conversamos talvez eu tivesse que passar por isso para saber e entender e aprender. Mas dói, uma dor mais latente, mas diferente da dor do ano passado. Eu estou ficando mal de novo e permiti isso.  É minha culpa.  A garota que você acabou de ler eu não quero que exista mais, não direi que não existe, isso é algo impossível pois sempre será eu, faz parte de mim, mas não terá uma próxima vez, não haverá mais aquela dor que parece me consumir e me sugar até a última ponta. N, desta vez não haverá mágoas e traumas mais do que já tem.Os rumos serão diferentes agora. 

Pra você princesa, dediquei a minha vida
Levo desse amor, o seu rancor e uma ferida
Apesar de tudo, minha linda, não te odeio
Mas sem tua boca inclino a morte sem receio  

domingo, 20 de abril de 2014

Let her go

Não, o baú continua cheio. Não adianta jogar presentes no lixo, deletar músicas e fotos ou até mesmo ignorar nas redes sociais, pois vai continuar cheio, sempre vai estar e a diferença é que você tenta ignorar tudo o que se sente, toda a raiva, toda a mágoa, tão reprimido e escondido que quando vem a tona se perguntam o que você tem, mas ninguém entende e na verdade não procuram entender, nem te procuram, sejamos sinceras aqui. Pois é, o baú continua cheio com pensamentos, palavras não ditas, conversas que nunca tiveram, reprises de momentos e tudo isso faz pesar no peito trazendo uma sensação de cansaço, um desgaste emocional barato e repetitivo. Você tenta fazer diferente, tentar uma outra abordagem, sobe alguns muros e reza para que não descubram o que aconteceu por trás desses muros, pois o bom de conhecer pessoas novas é que elas não conhecem o seu passado.
O baú começa a não fechar mais, há tanta coisa dentro dele: aquele "ponto final" que não deu, a explosão que deveria ter dado em certo momento, o sentimento preso por muito tempo. O baú não fecha mais e está ficando difícil de esconder, as pessoas olham, questionam e julgam por não conhecer. Não são só as folhas que caem no outono, pois as memórias vem sem desculpas ou permissão te tornando fraco, frágil e novamente as pessoas não entendem e continuam te perguntando porque você está assim. Ora, diga então tudo o que está preso na garganta, bata nas paredes, em corpos e exploda como um vulcão, deixe o baú transbordar um pouco ou até mesmo se esvaziar de vez. O que te prende? Pare de ser gentil com as pessoas, pare de ser tão idiota garota.
Não, o baú continua cheio e você quer falar, quer fazer cada um sentir o mesmo se não mais. Pois então fale, grite, bata e reivindique, não guarde para si, sabes bem que só fará o baú encher e este já está transbordando. Seja a garota chata e ciumenta, louca e temperamental, pois eles não esperam por isso, eles são fracos demais e irão te sugar até a última ponta. Deixe a menina compreensiva de lado e se imponha, termine o que tiver fim, sem medo e siga em frente. Você está caminhando a tanto tempo sozinha e eles nem notaram o que se passou com você, só não conseguem entender o porque de você estar sempre irritada, mesmo quando você diz que não irá mais se irritar com isso, falar sobre isso ou reclamar disso. E você fez isso por tanto tempo que nem se importaram.
É simples ver como não notam a sua ausência e isso te dói, pois pensa que o erro é seu, mas garota ACORDA, o outro é que não quer tanto assim quanto diz, então porque ficar sofrendo desse jeito? E quando aparece alguém que parece ser mais estável você sente medo de tentar porque não quer largar quem te faz mal. Vê se cresce, ponha o ponto final nos seus devidos lugares e vá viver, ser feliz. Esvazie esse baú pois já está em tempo, não queira se afogar nele.




Well, you only need the light when it's burning low
Only miss the sun when it starts to snow
Only know you love her when you let her go

sábado, 5 de abril de 2014

Ah, pisciano!

A noite estava quente apesar das nuvens escuras no céu, a lua se escondia na sua grandeza, mas mesmo assim agradável. Era a primeira vez que fui para aquele bar, a primeira vez que o via, a primeira vez que eu estava numa mesa conhecendo pessoas novas. Muitas primeiras vezes para uma noite, mas mesmo assim, agradável. Sorrisos estavam largos e soltos naquela mesa, a cerveja servida em três copos e ele bebendo da minha, decidi ficar sóbria para observá-lo melhor.
Sua pele era branca ou um pouco mais morena, não sei, talvez a luz da rua atrapalhasse esta minha observação, mas seu tom de pele era diferente do meu. Ele tinha um sorriso metálico que me surpreendia, não tinha um corpo definido, mas era magro, não muito, não conseguiria vê-lo de outro modo, era desprendido de qualquer rótulo ou esquisitice da sociedade "moderna", sua autenticidade era o que me encantava, seus olhos pequenos e escuros brilhavam enquanto fotografava (mentalmente) as pessoas no bar do outro lado da rua, "ah se eu tivesse com a minha câmera" era o que ele dizia, ora, ele deveria andar com ela então, parecia nu sem sua máquina de congelar momentos e ele falava com paixão sobre a fotografia. Estava nitidamente "alto" e falante, um tanto agitado me fazendo ficar mais quieta e observá-lo mais, assuntos foram jogados foras junto com os cigarros que fumávamos fazendo companhia um ao outro.
Apesar de toda a minha timidez, a qual ele notou, eu tentava me manter falante também e participativa. Ele preocupado com a primeira impressão que eu teria dele, mas se esqueceu que eu já tinha tido uma ao falarmos no telefone e por ele nunca se esconder (mesmo me conhecendo a dias) me deixava mais tranquila. Eu não queria uma imagem de garoto certinho e gentil ao extremo para perder toda essa criação com o tempo, fiquei feliz por ele ser autentico e honesto, não poderia ter impressão melhor.
A chuva estava forte e parecia estragar nossa noite, desta vez seria somente nós dois e mais ninguém e isso me deixou nervosa. Como agir? O que falar? Coração acelerava e eu tentava manter a respiração normal, é ele, não tem porque ficar assim. E quando ele chegou com toda a sua alegria e espontaneidade eu senti meu corpo mais leve, tudo o que eu queria era assistir ele falar e como ele fala! Fala pelos cotovelos, ainda mais se estiver "alto"! Mas eu realmente gostava. Suas mãos pendiam na minha cintura e seus pequeninos olhos me encaravam. Tínhamos uma vantagem por sermos piscianos, sabíamos o que fazer, onde tocar, como beijar. Ele me desarmava, mas eu não deixava transparecer, preferíamos deixar nossos conflitos para nós mesmos.
Já era outra noite, outro bar, outra bebida (e desta vez eu o acompanhei), outros risos, mas tudo com a mesma leveza, com a mesma alegria! Desta vez estava chovendo, mas nada que fosse capaz de estragá-la, éramos bons em simplesmente sentar, pegar um cigarro e conversar. Falar, falar e falar, da vida, do trabalho, do tempo, tudo. Ele sempre era o mais falante, o mais agitado e era exatamente isso que eu gostava, eu prestava atenção em cada movimento e parecia que a minha mente congelava para que eu pudesse me lembrar depois. Andávamos lado a lado (não andávamos de mãos dadas como a maioria dos casais(apesar de não sermos um casal, quer dizer, estamos nos conhecendo ainda) mas era bom do mesmo jeito), sorrindo e sempre conversando, estávamos um tanto sem rumo, de bar em bar até achar o certo.
Tequila, tequila!! O garçom nos serviu, eu olhei e totalmente sem graça já sabia que não conseguiria beber de uma vez só, então fui ao meu modo e foi bom do mesmo jeito. Já ele, sortudo como sempre, além da dose normal, o garçom voltou para completar o copo dele, sem pagar a mais por isso. Ora, como pode isso?! Parecia uma criança ganhando presente no Natal. Conversamos por mais um tempo, ele pegou mais um cigarro e foi para a beira da rua me levando consigo. Ele não parava de falar, nem por um momento, espera exceto para me beijar. Por fim, voltamos a andar até chegarmos num aglomerado de bar com restaurante de fast food por perto, acho que este será o nosso lugar. Nosso primeiro encontro foi neste lugar, o segundo encontro terminou ali também, o que acontecerá no terceiro? Para ser bem sincera, o local era o que pouco importava, contanto que eu pudesse conversar e observá-lo por mais um tempo, estava ótimo. A noite termina em quase sempre ele me expulsando, piscianos são tão preocupados, deveriam relaxar mais ora.
Não consegui achar uma música que definisse ele ou que me lembrasse ou que se encaixasse, acho que está muito cedo para isto também. Com um gosto musical parecido e compartilhando o mesmo signo, creio que isso não será difícil, nem a música e nem muitas outras coisas. Ouvir reggae me lembrará ele a partir de agora, vem até uma sensação diferente e um sorriso feliz. Por vezes esqueço da sua voz, não é por mal, mas é que ficamos tanto tempo sem nos falar, somente trocando mensagem que isso se desfaz da minha mente, mas a sensação boa com que ele consegue preencher é inesquecível, isso não se apaga. Então por hoje não haverá música, mas o meu reggae aqui está bom demais!

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Daydreamer

Para uma leitura mais agradável - Adele Daydreamer: http://www.youtube.com/watch?v=4Q_z2WkSKTc



Estou na banheira, uma música leve está tocando e eu deixo o corpo todo submerso com os olhos fechados. Meu cigarro me faz companhia em meio a solidão enquanto me recordo das noites que tive, estou sozinha na nova casa. Abro os olhos e analiso meu novo banheiro, minha nova vida e penso "eu consigo, eu posso", e um peso no peito vem violento, sem pedir licença ou aviso prévio.  Tudo vem a mente tão depressa, de um modo inconveniente, eu não deveria estar assim, não deveria existir esse peso, essa dor e eu chorava sem saber o motivo exato ou tudo era o motivo.

Ele me esperava em frente ao restaurante e eu tensa, ele iria conhecer minha nova casa, o primeiro a conhecer a minha nova casa. Ele me beijou como quem não se importava com o mundo (sempre fazia isso ou era eu que sempre tinha essa sensação?), me abraçava como quem não queria nunca soltar (tomando posse silenciosamente?), fiquei um pouco na ponta dos pés para me ajustar a ele. Nossa, seu beijo era bom e eu não me importava com o mundo. O jantar foi feito, ele diz ter adorado a comida, mas ainda sim briga comigo por eu continuar fumando e eu brigo com ele por roer as unhas. Brigas ridículas (como sempre tivemos), mas seus argumentos eram melhores que os meus, então perdi a discussão, assim como perdi na noite anterior onde ele foi a minha grande companhia mesmo estando por telefone e eu estava (estava?) tão desesperada que pedi demais, li o que não queria, não tive a resposta esperada (de novo). Mas como ele mesmo disse "Apenas começamos". 

Pela primeira vez me senti a vontade tanto para conversar quanto para estar com ele, era como se fizéssemos isso sempre, mas fazia tempo que não ficava só eu e ele, precisávamos disso (ou era somente eu?). Eu não me importei com a hora, estávamos na piscina, a água gelada e o vento da madrugada nos deixava com frio mas nenhum de nós ousou levantar, pois estava muito bom ali tão próxima dele. Sua negritude me encantava e o sorriso me inspirava, aqueles pequenos olhos de criança que olhavam carinhosamente, a pele macia e perfeita ao toque. Suas mãos passeavam pelo meu corpo em meio ao silêncio de nossas bocas grudadas uma a outra, pouca coisa era dita, por vezes me faltava ar e outras vezes minha mente se enchia de imagens e diálogos (nunca terei coragem de contar, a não ser que aconteça). 

Nos acomodamos no pequeno sofá de dois lugares e de repente, ali se tornou o melhor lugar para ficar. Não consigo me lembrar de um momento como esse com ele, um momento em que só existia a gente e que eu não tive que controlar o que sentia ou o que queria. Foi o momento em que disse e fiz exatamente o que eu queria, sem medo, com sinceridade! Aquela noite poderia durar pra sempre, assim como ele me perguntou se eu poderia ficar para sempre. Ele deixava escapar alguns desejos (desejos?) dele que me desconsertavam e ficava sem resposta, então saía de perto. Mas eu me declarava discretamente e quase que silenciosamente.

Mas ainda há muito o que ser descoberto entre nós, sobre nós e aprender a controlar o nosso lado possessivo. Ainda há muito o que ser descoberto, só espero que ele possa ainda segurar minha mão pela vida.




But I will find him sittin' on my doorstep
Waiting for the surprise
It will feel like he's been ther for hours
And I can tell that 
He'll be there for life 

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Just like a star


Corinne Bailey Rae - Like a star:  http://www.youtube.com/watch?v=D8oS1SHjhPU




Engraçado como a gente nunca repara em certas coisas, certas manias e feições até se passarem meses, anos e você já estar crescido e maduro o suficiente para enxergar algo diferente em algo que não é novo, mas é mesmo assim, cheio de surpresas pra você. E você por outro lado se põe a pensar nas possibilidades e se prende, não vivendo novamente aquilo tudo que você na verdade,não quer admitir. Por mais que ela estivesse chateada por ele falar pouco, não dizer o que pensa em certos momentos, lembre-se ele só está sendo cauteloso e com receio de perder novamente e você não pode culpá-lo por isso. Ele tem seu modo de agir, você por mais espontânea que seja ainda consegue conquistá-lo, mas não cobre tanto.
É estranho pensar que agora você queira viver numa bolha e se envolver nos braços dele e olhar aqueles olhos pequenos de criança sonhadora e querer cuidar para que ninguém o magoe. Pronto, quando você se tocar, estará colocando ele numa bolha.

- Estamos só começando! - ele disse.
- Estamos só começando! - ela respondeu.

Ele faz bem o tipo de pessoa chata, daquelas bem dramáticas e que a irritava demais. Mas ela de certa forma gostava disso, e por vezes, começava uma briga. Era a diversão dela. E quando ele ficava com ciúmes era até engraçado e fofo mas ela não gostava, porque sabe o quanto dói e isso ela não começava. Gostava da super proteção dele, ela sabia que ele só a queria bem e protegida, mas por vezes ele se esquecia de que ela conseguia fazer as coisas por ela mesma. Ela sabe que pode contar com ele, afinal, são anos e não meses de vivência. Ela pode até ter motivos para afastá-lo, talvez para protegê-lo, mas ela encontra motivos mais sólidos para mantê-lo por perto.
Ele era mais alto e ela adorava se pendurar no pescoço dele, ficando na ponta do pé e abraçando-o forte pra depois igual criança, começar a perturbá-lo. Ela gostava do abraço cuidadoso dele de quem não quer apertar para não quebrar algo frágil. Aos olhos dele, ela era. Por isso o desejo gigantesco de colocá-la numa bolha. Ele tem um jeito teimoso e possessivo de ser. E se controlam para não brigar, pois ambos são cabeças duras, de verdade.
As vezes pareciam água e óleo, as vezes parecia que nunca iriam se entender, brigando o tempo todo, mas mesmo assim ela o queria. No seu mundo bagunçado, ele é o porto, uma pessoa estável que pudesse simplesmente descansar, mesmo depois de toda a briga. Por vezes ela chega a pensar que o amor que ele tem por ela é o que a mantém viva, ele se torna seu chão, algo firme quando seu mundo está desmoronando.
Ele toma posse e a abraça na frente dos amigos como quem diz "é minha", mal deixando ser sociável e educada com as pessoas, pois bem sabemos que ele não abandonou a ideia de colocá-la numa bolha, assim ninguém toca, ninguém magoa. Ele é cuidadoso ao extremo, por vezes irritando ela, mas sente falta quando ele não faz isso tudo, mesmo que termine em briga. E as vezes ela provoca a briga só pelo prazer de vê-lo alterado, para ter sua atenção. Ela nunca quis que seu olhar mudasse sobre ela, aprendeu a gostar de ser chamada de "filha" e mais ainda de "amor".
Por mais que eles não troquem uma palavra durante a longa viagem de ônibus, ela sabe que ele estará lá para abraçá-la e não soltar por toda a viagem. Ela só espera sair da escuridão e tê-lo ainda ao seu lado, pois é algo que ela ainda não tinha notado antes, talvez não tivesse crescida o suficiente, madura o suficiente, mas agora ela entende. Ela só quer que ele a abrace durante a longa viagem. Talvez, pela vida!!



I have come to understand, the way it is
It´s not a secret anymore
'Cause we've been through that before
From tonigh I know that you're the only one
I've been confused and in the dark
Now I understand 

domingo, 19 de janeiro de 2014

Friends, lovers or NOTHING





Eu preciso de uma bebida, somente uma para que eu possa espantar os meus demônios. Eles estão tão acomodados a esta situação que eu tenho que sacudi-los para que se tenha alguma ação ou reação diferente. Mas não muda nada. Continua a mesma dependência, comodismo que eu nunca entenderei.  Parte da culpa é minha, pois deixei chegar a esse ponto, mas até quando? Essa é a questão. Até quando?
Como eu li uma vez “Porque os meus 20 melhores amigos, estão num maço de cigarros” e isso realmente fez sentido para mim, pois eles eram a minha única companhia juntamente com aquela linda dose acompanhada de limão e sal. Era o meu deleite. E eu ficava pensando no que fazer para espantá-los, mandá-los para longe e não voltar mais, até porque nosso tempo já acabou e estamos aqui somente prolongando o fim.
Não temos compromisso e isso põe lágrimas em meu rosto, mas consigo viver com isso. Vamos sair do muro? Amigos, amantes ou nada. E eu estou me decidindo agora: nada. E como das outras vezes, você vem com voz mansa dizendo que poderíamos nos ver mais uma vez e fazer coisas, mas não desta vez. Melhor desistirmos, na verdade eu já desisti, pois não há mais espaço para mim nesta história, esgotei tudo o que eu tinha. Eu tenho uma vida pela frente e não posso me acomodar em ser o segundo plano de alguém ou o apoio de quem não luta pra se levantar.

Então, meu bem, quando eu me virar, erga a cabeça e caminhe até sua casa. Respire fundo e controle o furacão dentro de ti. Bem vindo ao meu mundo. Você me bagunça e acha que pode vir e tentar acalmar quando não consegue arrumar sua própria bagunça. Quando tomar decisões, siga-as. Você está se tornado alguém que não posso ter ao meu lado. Então prefiro ter o nada. Há de existir alguém capaz de amenizar a dor que você me causa e eu não impedirei esta pessoa de entrar, desta vez.

  

São como cacos de vidro e eu tento me reconstruir longe de você e me mantenho forte para que você não possa me derrubar novamente.