quarta-feira, 28 de novembro de 2012

These Days


E por quantas vezes disse a mim mesma que estava tudo bem, que não existia problema algum. Mas a noite as lagrimas e o peso no peito me consumiam fortemente, o ar me faltava e a vontade de gritar era imensa. Porem abafado pelo travesseiro, disto eu não tinha o controle. Mas a quem estou enganando? Eu não tenho o controle de porra nenhuma e ainda me faço de durona, quando tudo o que quero é paz, é não ter que dar noticias, é poder ficar no meu mundo, é não ter de lembrar toda noite das pessoas que magoei.
E por quantas vezes o passado me vem com o mesmo ar leve e juvenil. Sempre na hora hora errada, ora porque volta? Porque insisti? E ainda me diz que não tem segundas intenções, como se o tempo que passamos juntos não fosse nada. Continua com 16 anos de idade e ainda quer que eu acredite em algo que me diz. Coisas que aos 15 anos eu acreditava cegamente. Tola. Ele estava só se divertindo, passatempo e eu gastando o meu. Nunca foram detalhes, foi e sempre sera o tratamento indevido. Custei a endurecer, custei a ser fria, focada. Porque, na minha vida, eu não quero mais.
E por quantas vezes confiei, julguei estar certa simplesmente pelo instinto, mas num vacilo, tudo parece se encaixar. Tudo faz sentido e então recuo porque sei que se prosseguir eu vou me magoar. Já me disseram que as vezes eu tenho que ser egoísta e pensar em mim. E assim faço.
Outrora o que me era encanto se tornou um babaca.
E então a noite tudo nisso me passa na mente como um filme e me questiono diversas vezes. Dói. Dói porque um dia amei, me importei, torcia para que mudasse e não notaram e acabaram pensando que podia me ter a hora que bem entendesse. Mas não é assim, nunca mais terá. Então, aproveite as recordações, para se lembrar que existiu alguem que se importou e lutou. E você não.
E toda noite me obrigo a ser forte no próximo dia, tenho muita coisa pra superar, o bau não esvaziou, ainda tenho muita coisa e pessoas para me desfazer. Mas continuo dizendo que esta tudo bem.
E todo aquele papo meloso, clichê. Estou farta. Não preciso de ninguém tomando conta de mim, deixe-me seguir, erguer meus muros e tentar ser completamente feliz, me lembrar de como era muito mais feliz antes de qualquer destruir a mim. Sem lutas a noite para esquecer pelo menos por essas horas de todos que me machucaram. Roubaram a minha paz, meu orgulho e to custando ter de volta, pois quando acho que encontrei um colo seguro para descansar, me pego pecando novamente. E então percebo que tudo o que eu preciso não vem de ninguém, alem de mim. Reconstruo meus muros no meu tempo, me mantenho na minha paz, precisando única e exclusivamente de mim. Não quero ninguém dizendo que me dará mão, que me ajudará quando antes pôs uma duvida em minha mente.
Aguardo pelo dia em que fecharei meus olhos e não sentirei mais dor, não terei mais recordações e estarei leve. Aguardo pelo dia em que as bombas silenciem a minha dor.





One of these days your heart will stop and play it's final beat ... but it's alright♪