quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Texas flood

E se foi... não tudo, mas só as coisas ruins. Estava mais leve, pôde sorrir verdadeiramente. Aqueles braços que a envolveram e por um instante sentiu que estava tudo bem e em sua volta o verde a consumia e olhava as paredes, admirando-as. Gostava do verde dali, do cheiro, do lugar que de certa forma era dela também. Queria aumentar as idas naquele lugar e assim fazia. Pois quando estava lá, era levada para outra dimensão. E como gostava disso. As horas corriam e os corpo ali unidos com uma intensidade que não soube e nem buscava explicar. Eram mãos, pernas, boca que se entrelaçavam e puxavam e empurravam. O calor, o suor, as mãos que percorriam todo o corpo, sedento, não deixavam escapar nada. A doração. A entrega. Era completo, firme... real. Não se cansavam e buscavam por mais, se olhavam em meio ao turbilhão de sensações. Não havia constrangimento e nem motivo para tal.
Se perdiam e se achavam, alguns risos e sorrisos surgiam, tudo bem delicado mas também com muita força e desejo. Os corpos suados e ofegantes por um instante pararam e somente beijos foram trocados aumentando cada vez mais a intensidade. Começa tudo de novo. Esqueceram das horas e o Sol se pôs, dando ao verde um outro tom. Um lindo tom. Estavam fora de órbita, com certeza, se envolviam como se fosse a primeira vez, exploravam, tocavam, lambiam, porém já era outro dia, outra data. E mesmo sem ver, a noite caía majestosa e as estrelas que via entre o verde se tornavam tocáveis, talvez. Se quisesse. O corpo formigava, arrepios eram incontroláveis e a troca de calor faziam com que se enroscassem e arranhassem rasgando a pele incentivando a não parar. Puxando e empurrando, o vai e vem, ambos queriam o controle, lençois amarrotados. Não se cansavam.

[...]


Até tudo se tornar AZUL. rs

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

So cold and so sweet

E ela não conseguia disfarçar o nervosismo e a ansiedade por estar indo a um lugar tão longe e nunca visitado por ela, somente por ele. "Era loucura", pensou ela. Mas ainda assim, estava sentada no onibus, colocou os fones e se pos a ouvir suas músicas favoritas, tentando de alguma forma (inutil) esquecer para onde estava indo e somente curtir o que se passava na janela. "Era loucura", pensou novamente. O coração estava acelerado demais, aos mãos suando e estava inquieta demais. O trânsito só aumenta a distância e o seu nervosismo. "Não pode ser, não estou fazendo isso" pensava a todo momento, não conseguia crer no que estava acontecendo e quando se deu conta estavana travessia que mais amava, que mais lhe acalmava, olhava a imensidão até seus olhos perder tudo de vista. Admirou o que para ela era belo, mágico. E por fim, percebeu que a loucura que estava fazendo era real, mas valia a pena.
Nada mais importava, parecia que ela entrava num outro mundo, numa outra dimensão e com certeza num outro lugar. Por mais que sentisse medo ou angustia, não conseguia recuar. E assim, chegou no seu destino e o coração batia descontroladamente, faltando-lhe, até, um pouco de ar. Sentou-se ao saber que ele estava vindo ao seu encontro. Sentou-se, pois ao saber, suas pernas tremiam e achou que fosse cair. Manteve os olhos fixos ao chão, não conseguia pensar na probabilidade de somente olhar ao redor, estava nervosa demais, ansiosa demais e seus olhos a denunciavam. E ele parou bem ao lado dela, ainda sentada, ela o olhou e reparou como era belo, alto e forte. Respirou fundo e se pos de pé para caminhar junto dele.
Parecia que a cada encontro ela o achava mais bonito, mais atraente e isso a deixava intimidada. Ela tinha o típico pensamento de menina insegura, mas ela não era mais uma menina e sim, uma mulher. Uma mulher pela qual chamou a atenção daquele belo homem e que não se importava com a diferença de idade existente. Para ele até, era um mero detalhe que poderia ser descartado. E ela não podia mais ter esse tipo de pensamento. Ao tempo que pensava em milhoes de "porque" e "como", a conversa fluia naturalmente, como sempre fora. Estando juntos ou não, conversavam bastante e isso a ajudava a ficar mais calma. E os risos compartilhados, risos e sorrisos que sempre dividiam.
Ela evitava contatos físicos, olhares prolongados, arriscou-se somente a uma leve massagem nos ombros dele enquanto esperavam para voltar pra casa. Ela queria abraçá-lo, mas escondendo essa vontade o largou em meio a uma brincadeira se pondo de costas a ele, que por sua vez, a abraçou e beijou seu ombro. Sentiu que perdia o ar. Ele a mantia perto de si e ela limitava-se a fazer carinho no braço dele. Não pensava em sair daqueles braços, pelo menos não naquele instante. E então ele a virou para si e firmou os seus olhares, e ela não conseguia desviar, quando ele a envolveu num beijo. O beijo a qual ela se lembrava muito bem e que a muito tempo não sentia, não desfrutava. Entregou-se, segurando-o pela nuca e sentia os braços dele a envolvendo inteiramente pela cintura.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Blues Man

 As nuvens no céu anunciavam chuva, o vento gelado trazia o cheiro de terra molhada e as mãos massageavam o braço moreno sem pressa, de uma forma calma. Quase uma terapia, para ela. As mãos deslizavam e os olhos fixos aos braços, porém conseguia ver que ele a observava e sabia o que aconteceria se olhasse. Riu, tentando descontrair e espantar a vergonha que sentia e esquecer como estava sem graça. As mãos continuavam o trabalho e ele pousou o rosto junto ao dela fazendo-a fechar os olhos e sorrir levemente. Ela sabia o que aconteceria e com o coração acelerado deixou-se levar. Um beijo lhe foi depositado no rosto e ela inclinou o rosto, permitindo-se a aquele momento. E por um ouviu o silêncio e o coração batendo mais forte.
Já afastados, ela tentava inultilmente não rir feito uma criança sem graça e a "voltar ao mundo". E mesmo não sabendo explicar o que estava dentro dela, ela sabia que o momento foi diferente de qualquer outro. Quando voltou a si, tentou conversar para acalmar aquele turbilhão de emoções, pensamentos dentro dela. Mas logo veio ele para interromper a sua fala e roubar-lhe um beijo.  E todo o trabalho que ela teve em manter tudo calmo dentro, foi descartado facilmente. E por mais que não tivesse o controle daquela situação, ela gostou.
O frio passou a consumi-la com uma força monstruosa, os dentes batiam, o corpo tremia mesmo envolto de um cobertor. Não sabia mais o que fazer, a não ser esperar. O que seria uma longa espera se não fosse por ele estender os braços gentilmente e puxá-la para si, fazendo-a pousar a cabeça sobre seu peito nu e moreno. Ela sentiu sua pele macia e quente, ao contrário da dela tão gelada. Envolveu-se em seus braços,fechou os olhos e deixou que seu corpo fosse aquecido pelo dele. E daquela forma, logo aodrmeceram. E ao acordar, ela percebeu que não saira dos braços dele e notou como sentia-se bem, principalmente porque o frio passara.
Por aquele dia, ao menos, ela teve alguém que cuidasse dela, que se importava. Ele trouxe gelo e colocou delicadamente no rosto dela que a princípio não gostou, mas aceitou. E apesar da dor que sentia, tinha que manter o gelo no rosto. Os olhos bondosos e preocupados dele fixos nela, não cansava de perguntar se ainda doía muito e ela com os olhos fechados negava a dor, mas as mão apertando o cobertor dizia o contrário. Ao abrir os olhos encontrou os dele, ali, com ela. E ali, ela se sentiu bem.
O dia permaneceu nublado assim como ela continuou deitada. Observava tudo em volta e sorriu ao pensar que ele estava preparando o almoço. Era um ambiente tranquilo, aconchegante, verde e na calmaria ouvia-se música tornando tudo mais leve. Com certeza aquele seria um momento ao qual guardaria e desfrutaria com alegria. Mesmo as nuvens estando tão cinzas, tudo estava bastante claro. E quando chegou a hora de ir pensou que partiria com uma alegria imensa por todos os momentos que aquele respeitável homem lhe proporcionou. E manteve o sorriso no rosto.



"Eu posso me acostumar com isso"

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

The rain is coming

E aquele cheiro de flores, cheiro de grama, barulho de água, barulho de árvores. Cheiro de chuva, cheiro de terra, terra molhada.Pingos gelados, pingos fortes junto com os ventos, ventos leves espalhando o frescor. O sal na boca, areia nos pés, estrelas no céu e flores nas mãos. Cheiro verde, cheiro molhado, terra nos pés,lua nas mãos. Barulho de água, barulho de ondas, barulhos submersos. Cheiro gelado, cheiro fresco. Barulho de grilos, barulho de sapos, barulho de vida. Vida. Água nos pés, estrelas nos olhos, lua nas mãos, manto verde. Árvores, rochedos, pedra nos pés. Chuva gelada, chuva forte. Chuva nas mãos. Corpo nu, onda nos pés, terra nos pés, pedra nos pés. Tronco firme, molhado terra-tronco. Mãos aos céus, lua prata, cabelos ao vento, folhas, barulho de folhas-cabelo. Boca sal, boca. Balanços suaves, folhas balançam, dançam. Barulho céu, barulho mar, barulho terra. Vida.








quarta-feira, 10 de outubro de 2012

5:30 a.m

O dia amanhece nublado
Abro os olhos para enxergar melhor
E percebo que estás ao meu lado
Lindo sonho que sonhei
Linda vida que vivi
Com você ao meu lado
Eu nada perdi
Que pena, mais um sonho se acaba
E com ela, você adormecido ao meu lado
Mas nunca esquecerei
Pois fostes o sonho mais belo
E mais real que já aconteceu-me

O dia continua nublado
Eu me perco nos ponteiros do relógio
Deste quarto frio
Passa uma, duas, três horas
E eu continuo aqui
O dia passa lento e doloroso
Mas não mais quando escuto sua voz
Me ligaste, que alegria!
Um sorriso em meu rosto
Tu estampastes
Mas que belo dia este

A noite chega
A lembrança da sua voz
Se mantém viva dentro de mim
Já está quase na hora, meu amor
Passa das dez da noite
Vou para a cama sonhar
E imaginar você
Você... o mais desejado
Que para minha surpresa
Oh! Estás ao meu lado
Tão real, tão lindo, tão puro
Desta vez posso dormir
Envolvida em seus braços
Beijos de amor sem fim
Como é bom estar contigo!

Mais um dia amanhece
Agora com mais nuvens
Parece que irá chover
Mas nada disso importa
Ao me virar, vejo você
Você... dormindo, sonhando
Desço e busco o café
Subo e admiro-te
Beijo carinhosamente seus lábios
Para desperta-te de teu sonho
Ao abrir os olhos diz:
Bom dia! Eu te amo!

domingo, 7 de outubro de 2012

Take my hand

Eu só preciso disso para poder ficar em paz, pois me parece não ter tempo para fazer muito planos e isso me irrita, quero ter todo o tempo do mundo para planejar o que eu quiser. E é por isso, somente por isso, que peço que me prometa sempre me amar, nunca me esquecer e sempre mencionar meu nome da melhor maneira. Prometa-me ser a sua melhor lembrança, a melhor época da sua vida. Eu só preciso disso.
Não vou te abandonar, não importa onde eu esteja, me manterei ao seu lado como prometido.Sempre irei te amar e eu te prometo nunca te esquecer.Pois foste o melhor da minha vida!


If I get lost your light's gonna guide me
And I know that you can take me home ♪

sábado, 6 de outubro de 2012

Beijos, blues e poesia

E o peso no peito aumenta e você se encontra  em um quarto escuro. Não há luz para te confortar e sozinha está. Sozinha. Largada na cama pensando em uma solução para tudo. E tudo só piora quando o cheiro dele invade o seu quarto e te envolve por inteira. Sem meios de fuga. As recordações são fortes apesar de antigas o suficiente para terem sido apagadas. Mas nada apaga, tudo fica dentro de você te torturando. E conforme os anos passam você se desespera por isto nunca ter fim. Não haverá ninguém capaz de retirar esse peso do peito.
Você se encolhe na grande cama de casal e lembra de como era estar abraçada a ele. Mesmo tão nova e tão idiota. E se lembra que nunca mais terá nem um terço daquilo que existia. A garganta aperta. O coração dói. Era egoísmo e sabia. Tomou sua decisão e deveria conviver com isso. Se for a vontade da Deusa, os caminhos se cruzarão por mais uma vez nesta vida. Mas continuava a ser egoísta por lhe ofertarem um coração e tomá-lo como seu. Mas não era.
Vários "porque" deveriam satisfazê-la, mas eram infinitos. E o peso continuava a esmagá-la. A noite ia ser longa, como as outras, pelo mesmo motivo ou não. Comparações inevitáveis fazia, sem ter a intenção de ofender. Mas talvez isso só seja uma ferramenta de tortura. E ao longo da noite ninguém lhe respondia o "porque", "quando", "quem". E o silêncio agonizante não cessava e a alfinetava até que sentiu-se afrouxar. As lágrimas que tanto controlava, caiam com força e desespero. O grito abafado pelo travaesseiro, o corpo imóvel. Cicatrizes que ninguém vê, os olhos vermelhos, ainda derramavam lágrimas, estas quentes  cortando-lhe a face. Não havia mais gritos, porém o olhar imóvel.
Somente desejou ter alguém para lhe confortar, mesmo em silêncio, alguém que fizesse todo esse peso simplesmente desaparecer. Alguém que pudesse tomar verdadeiramente posse. Só queria alguém sem prazo de validade, que lhe amasse igual. E por mais que soubesse que era tempo de colheita, a espera se tornava agonizante. Se lembrou das mãos lisas tão diferentes das suas, expressivas. E apesar de toda essa diferença, ela já sabia o final. Sofrendo um pouco mais.
O quarto mantinha-se escuro, ela ainda acordada se perguntando qual a finalidade de tudo aquilo. Novamente o "porque". Mas ela continuava sozinha e por mais que aquelas mão lisas a abraçasse e dissesse estar com ela, sabia que um dia iria embora. Como todos os outros, mesmo não desejando assim ser.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Mine

Nunca me deixe ser...
A mágoa em seu coração.
O motivo da lágrima escorrer em seu rosto.
O seu desafeto.
Alguém que você nunca desejou ter.
Alguém que só viva em seus pensamentos.
Seu arrependimento.
Um momento.
Uma lembrança.
Uma tentação.
Uma tentativa.
Uma ousadia.
Uma situação mal interpretada.
Seu amor impossível.
O sol ilumina o caminho e nossas mentes, e quando olho para o lado esquerdo da minha cama não te vejo nela. Mas quando te encontro, percebo o olhar sincero e confuso.
Sonhei em ter-te ao meu lado, tão belo e tão adormecido, tão sereno e tão tranquilo, tão simples e tão perfeito. Um sonho...
Nunca deixe que eu seja...
Mais uma menina.
Mais um beijo.
Mais um caso.
Pois assim acaberei sendo o seu passado!


Um 2008 da vida, isto escrevi!

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Charming

Palavras são somente palavras
e quando eu as digo para você

Por favor acredite em cada uma delas

São as mais puras e sinceras

Onde você me encontrará por inteira

Sem faltar um pedaço, hoje estou.

Já me conheces o suficiente para saber

O que tens que fazer.

Sabes do que quero e do que desejo

Minhas palavras, sei, que fazem algo em você

Seu coração dispara quando finjo te beijar.

Eu sei do que gosta!

Momento que será especial, sem nenhuma restrição

Tudo se encaixa como uma peça de quebra cabeça

E com muito carinho que trago o amor que tenho no coração

Com certeza, não será deixado para trás em cima de uma mesa.

Meu coração dispara quando você finge me beijar

E por um impulso de desejo

Vou ao seu encontro para então te beijar!

Lábios que tanto desejei

Foram os que eu mais desejei

Com toda o meu coração

O melhor de todos!

Pude ver em seus olhos o quanto me queria

Por mais errada que fosse. Você queria!

Há muito esperava um momento como este

Com você esse momento seria perfeito, e foi.

Agora seu olhar, posso perceber

Que meus lábios queres possuir de novo!

Então venha, querido, porque terás!

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

But Honestly

O espelho revelou traços que o tempo fez questão de deixar. Algumas fortes, outras... mais fracas, sutis, das quais seriam vistas apenas se olhasse para o mais fundo da alma. Era um desabafo silencioso, um grito abafado. Eram recordações de outrora, um antes e depois esplêndido. Era de uma frieza, cicatrizes, algumas ainda abertas, força, tudo se revelando ali, naquele espelho sujo.Os cachos que tanto já mudaram, agora veem-se escuros, apagados. Os olhos ora de criança, agora se tornam perdidos. Um rosto delicado, porém mostrava além de bondade... lágrimas. Parecia um grande sotão, preenchido com todas as lembranças, brinquedos, objetos, músicas. E o velho espelho se mostrava tão receptivo e dizia "livre-se disso". O reflexo se mostrou duvidoso, passageiro. E assim foi.
Um instante até que olhou em volta e não restava mais nada. Sobraste apenas as lembranças que não podia se desfazer... as de sua mente. Porém, todo o resto se foi. E por este instante o reflexo viu um belo e leve sorriso brotar. Iluminou-se e se pos de pé. Se tornou grandiosa e impos uma autoridade não vista antes. Era de cabeça erguida que caminhava, era assim que vivia a partir daquele momento.
The dog days are over
O Sol iluminou e retirou todo o gelo existente, no ar um aroma floral. E durante dias, semanas, voltava para aquele espelho e o encarava de cara limpa, firme. Não deixava-se abater, pois tinha o necessário para continuar viva. Mas num outro dia de outra semana as lágrimas a enlaçaram e a solidão acolheu-a. Sendo tragada para o fundo do oceano. E percebeu que os demonios voltaram a assombra-la, mesmo se desfazendo de tudo, removendo da sua vida o que não lhe fazia bem. Ainda assim, certos dias, os demônios vinham e se apoderavam de sua mente.
Não importa o que fizesse, as lágrimas continuariam caindo... quentes, fortes, pelo mesmo motivo, pela mesma dor. Por mais que se mantivesse forte, a noite, seu travesseiro se tornava o melhor companheiro. E sempre torcendo para doer menos que no dia anterior. Sempre menos. Mas tudo era passageiro, assim como ela na vida das pessoas e era ciente disso. Nada com ela durava para sempre, nada era padronizado com ela. E apesar de gostar por ser assim, por vezes desejava ser igual aos que nascem uma vez. Mas com ela era diferente. E aquele velho espelho, sujo e rachado somente confirmava, balançando a cabeça positivamente. Ela era passagem. Ela era o paraíso e o inferno.