sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Just like a star


Corinne Bailey Rae - Like a star:  http://www.youtube.com/watch?v=D8oS1SHjhPU




Engraçado como a gente nunca repara em certas coisas, certas manias e feições até se passarem meses, anos e você já estar crescido e maduro o suficiente para enxergar algo diferente em algo que não é novo, mas é mesmo assim, cheio de surpresas pra você. E você por outro lado se põe a pensar nas possibilidades e se prende, não vivendo novamente aquilo tudo que você na verdade,não quer admitir. Por mais que ela estivesse chateada por ele falar pouco, não dizer o que pensa em certos momentos, lembre-se ele só está sendo cauteloso e com receio de perder novamente e você não pode culpá-lo por isso. Ele tem seu modo de agir, você por mais espontânea que seja ainda consegue conquistá-lo, mas não cobre tanto.
É estranho pensar que agora você queira viver numa bolha e se envolver nos braços dele e olhar aqueles olhos pequenos de criança sonhadora e querer cuidar para que ninguém o magoe. Pronto, quando você se tocar, estará colocando ele numa bolha.

- Estamos só começando! - ele disse.
- Estamos só começando! - ela respondeu.

Ele faz bem o tipo de pessoa chata, daquelas bem dramáticas e que a irritava demais. Mas ela de certa forma gostava disso, e por vezes, começava uma briga. Era a diversão dela. E quando ele ficava com ciúmes era até engraçado e fofo mas ela não gostava, porque sabe o quanto dói e isso ela não começava. Gostava da super proteção dele, ela sabia que ele só a queria bem e protegida, mas por vezes ele se esquecia de que ela conseguia fazer as coisas por ela mesma. Ela sabe que pode contar com ele, afinal, são anos e não meses de vivência. Ela pode até ter motivos para afastá-lo, talvez para protegê-lo, mas ela encontra motivos mais sólidos para mantê-lo por perto.
Ele era mais alto e ela adorava se pendurar no pescoço dele, ficando na ponta do pé e abraçando-o forte pra depois igual criança, começar a perturbá-lo. Ela gostava do abraço cuidadoso dele de quem não quer apertar para não quebrar algo frágil. Aos olhos dele, ela era. Por isso o desejo gigantesco de colocá-la numa bolha. Ele tem um jeito teimoso e possessivo de ser. E se controlam para não brigar, pois ambos são cabeças duras, de verdade.
As vezes pareciam água e óleo, as vezes parecia que nunca iriam se entender, brigando o tempo todo, mas mesmo assim ela o queria. No seu mundo bagunçado, ele é o porto, uma pessoa estável que pudesse simplesmente descansar, mesmo depois de toda a briga. Por vezes ela chega a pensar que o amor que ele tem por ela é o que a mantém viva, ele se torna seu chão, algo firme quando seu mundo está desmoronando.
Ele toma posse e a abraça na frente dos amigos como quem diz "é minha", mal deixando ser sociável e educada com as pessoas, pois bem sabemos que ele não abandonou a ideia de colocá-la numa bolha, assim ninguém toca, ninguém magoa. Ele é cuidadoso ao extremo, por vezes irritando ela, mas sente falta quando ele não faz isso tudo, mesmo que termine em briga. E as vezes ela provoca a briga só pelo prazer de vê-lo alterado, para ter sua atenção. Ela nunca quis que seu olhar mudasse sobre ela, aprendeu a gostar de ser chamada de "filha" e mais ainda de "amor".
Por mais que eles não troquem uma palavra durante a longa viagem de ônibus, ela sabe que ele estará lá para abraçá-la e não soltar por toda a viagem. Ela só espera sair da escuridão e tê-lo ainda ao seu lado, pois é algo que ela ainda não tinha notado antes, talvez não tivesse crescida o suficiente, madura o suficiente, mas agora ela entende. Ela só quer que ele a abrace durante a longa viagem. Talvez, pela vida!!



I have come to understand, the way it is
It´s not a secret anymore
'Cause we've been through that before
From tonigh I know that you're the only one
I've been confused and in the dark
Now I understand 

domingo, 19 de janeiro de 2014

Friends, lovers or NOTHING





Eu preciso de uma bebida, somente uma para que eu possa espantar os meus demônios. Eles estão tão acomodados a esta situação que eu tenho que sacudi-los para que se tenha alguma ação ou reação diferente. Mas não muda nada. Continua a mesma dependência, comodismo que eu nunca entenderei.  Parte da culpa é minha, pois deixei chegar a esse ponto, mas até quando? Essa é a questão. Até quando?
Como eu li uma vez “Porque os meus 20 melhores amigos, estão num maço de cigarros” e isso realmente fez sentido para mim, pois eles eram a minha única companhia juntamente com aquela linda dose acompanhada de limão e sal. Era o meu deleite. E eu ficava pensando no que fazer para espantá-los, mandá-los para longe e não voltar mais, até porque nosso tempo já acabou e estamos aqui somente prolongando o fim.
Não temos compromisso e isso põe lágrimas em meu rosto, mas consigo viver com isso. Vamos sair do muro? Amigos, amantes ou nada. E eu estou me decidindo agora: nada. E como das outras vezes, você vem com voz mansa dizendo que poderíamos nos ver mais uma vez e fazer coisas, mas não desta vez. Melhor desistirmos, na verdade eu já desisti, pois não há mais espaço para mim nesta história, esgotei tudo o que eu tinha. Eu tenho uma vida pela frente e não posso me acomodar em ser o segundo plano de alguém ou o apoio de quem não luta pra se levantar.

Então, meu bem, quando eu me virar, erga a cabeça e caminhe até sua casa. Respire fundo e controle o furacão dentro de ti. Bem vindo ao meu mundo. Você me bagunça e acha que pode vir e tentar acalmar quando não consegue arrumar sua própria bagunça. Quando tomar decisões, siga-as. Você está se tornado alguém que não posso ter ao meu lado. Então prefiro ter o nada. Há de existir alguém capaz de amenizar a dor que você me causa e eu não impedirei esta pessoa de entrar, desta vez.

  

São como cacos de vidro e eu tento me reconstruir longe de você e me mantenho forte para que você não possa me derrubar novamente.