Corinne Bailey Rae - Like a star: http://www.youtube.com/watch?v=D8oS1SHjhPU
Engraçado como a gente nunca repara em certas coisas, certas manias e feições até se passarem meses, anos e você já estar crescido e maduro o suficiente para enxergar algo diferente em algo que não é novo, mas é mesmo assim, cheio de surpresas pra você. E você por outro lado se põe a pensar nas possibilidades e se prende, não vivendo novamente aquilo tudo que você na verdade,não quer admitir. Por mais que ela estivesse chateada por ele falar pouco, não dizer o que pensa em certos momentos, lembre-se ele só está sendo cauteloso e com receio de perder novamente e você não pode culpá-lo por isso. Ele tem seu modo de agir, você por mais espontânea que seja ainda consegue conquistá-lo, mas não cobre tanto.
É estranho pensar que agora você queira viver numa bolha e se envolver nos braços dele e olhar aqueles olhos pequenos de criança sonhadora e querer cuidar para que ninguém o magoe. Pronto, quando você se tocar, estará colocando ele numa bolha.
- Estamos só começando! - ele disse.
- Estamos só começando! - ela respondeu.
Ele faz bem o tipo de pessoa chata, daquelas bem dramáticas e que a irritava demais. Mas ela de certa forma gostava disso, e por vezes, começava uma briga. Era a diversão dela. E quando ele ficava com ciúmes era até engraçado e fofo mas ela não gostava, porque sabe o quanto dói e isso ela não começava. Gostava da super proteção dele, ela sabia que ele só a queria bem e protegida, mas por vezes ele se esquecia de que ela conseguia fazer as coisas por ela mesma. Ela sabe que pode contar com ele, afinal, são anos e não meses de vivência. Ela pode até ter motivos para afastá-lo, talvez para protegê-lo, mas ela encontra motivos mais sólidos para mantê-lo por perto.
Ele era mais alto e ela adorava se pendurar no pescoço dele, ficando na ponta do pé e abraçando-o forte pra depois igual criança, começar a perturbá-lo. Ela gostava do abraço cuidadoso dele de quem não quer apertar para não quebrar algo frágil. Aos olhos dele, ela era. Por isso o desejo gigantesco de colocá-la numa bolha. Ele tem um jeito teimoso e possessivo de ser. E se controlam para não brigar, pois ambos são cabeças duras, de verdade.
As vezes pareciam água e óleo, as vezes parecia que nunca iriam se entender, brigando o tempo todo, mas mesmo assim ela o queria. No seu mundo bagunçado, ele é o porto, uma pessoa estável que pudesse simplesmente descansar, mesmo depois de toda a briga. Por vezes ela chega a pensar que o amor que ele tem por ela é o que a mantém viva, ele se torna seu chão, algo firme quando seu mundo está desmoronando.
Ele toma posse e a abraça na frente dos amigos como quem diz "é minha", mal deixando ser sociável e educada com as pessoas, pois bem sabemos que ele não abandonou a ideia de colocá-la numa bolha, assim ninguém toca, ninguém magoa. Ele é cuidadoso ao extremo, por vezes irritando ela, mas sente falta quando ele não faz isso tudo, mesmo que termine em briga. E as vezes ela provoca a briga só pelo prazer de vê-lo alterado, para ter sua atenção. Ela nunca quis que seu olhar mudasse sobre ela, aprendeu a gostar de ser chamada de "filha" e mais ainda de "amor".
Por mais que eles não troquem uma palavra durante a longa viagem de ônibus, ela sabe que ele estará lá para abraçá-la e não soltar por toda a viagem. Ela só espera sair da escuridão e tê-lo ainda ao seu lado, pois é algo que ela ainda não tinha notado antes, talvez não tivesse crescida o suficiente, madura o suficiente, mas agora ela entende. Ela só quer que ele a abrace durante a longa viagem. Talvez, pela vida!!
I have come to understand, the way it is
It´s not a secret anymore
'Cause we've been through that before
From tonigh I know that you're the only one
I've been confused and in the dark
Now I understand ♪