segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
I'm gonna make this place your home
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
Put your records on
Você pode curtir um pouco com música: http://www.youtube.com/watch?v=wkEeNpWMvgk
É que eu tenho essa coisa estranha com música e fotos e memórias e lugares
sábado, 16 de novembro de 2013
Pra você guardei o amor
mas não era nada, era ele dizendo que estava bem e por esse momento
que eu fiquei ouvindo a voz dele, tentei fazer algumas palhaçadas para tentar arrancar um sorriso, meu coração foi apertando porque queria tirar aquela dor de dentro dele e torná-lo leve novamente.
- Aparece na janela! - Ele disse.
- Está brincando né? – Eu perdi o sono totalmente.
- Eu tinha prometido, aparece na janela! - Ele insistiu.
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
Tudo o que eu falei dormindo
- Seu olhar está diferente!
- Diferente como?
- Diferente.
- Isso é bom ou ruim?
- Bom.
- É só o modo que eu sempre quis olhar!
Os olhos continuavam paralisados, tinham conversas longas e demoradas sem dizer uma só palavra. Era o momento preferido dela, pois ela só queria estar ali parada por um tempo e nos braços dele. Quando ele a segurava pela mão ela sentia o peso do mundo, e por mais que ela tentasse negar para si mesma, ela sabia, ele tinha se tornado muita coisa para ela. Ora, basta olhar, os olhos dela brilham ao falar dele, cheira a própria pele para ter certeza que está com o perfume dele e ela não se importa de não gostarem das mesmas bandas de rock ou do mesmo tipo de música, mas adora ouvir o que ele tem a dizer e adora a cara de perdido dele quando ela começa a falar das suas coisas e principalmente adora quando ele olha para ela e percebe o brilho, o carinho, zelo, a liberdade.
Ela não precisava que ele dissesse "te amo", nunca precisou. Ele sempre disse com os olhos, com os gestos e agora ela sentia que estava exposta. Ele sempre foi capaz de ver além do que ela podia e por vezes tentava manipular essas pequenas coisas na mente dele, pois não queria mostrar muito, mas isso mudou quando ele simplesmente disse "deixa rolar" e ela se entregou como nunca antes. Não se arrepende e sabe que deixou pessoas magoadas e que são legais para trás, ela trocou tudo o que poderia por ele, porque ele é o combustível da sua vida agora e sabe que sem ele perderá o rumo, mesmo que por uns instantes.
É, ela sabe que vai magoar uma pessoa, mas todos nós já fomos magoados antes e sobrevivemos, parece que não iremos, mas vamos. Ela sabe, mas infelizmente ela não consegue pensar na outra pessoa, não por não gostar ou por ser egoísta, mas sim, porque ela só quer ser feliz e principalmente vê-lo feliz e por mais que ela tivesse perdoado, é difícil para ela esquecer, ela bem que tentou, mas aquele episódio criou uma barreira bem grande e forte.
Ela não precisa de declarações de amor públicas, flores ou presentes todo mês. Ela só precisa se sentir amada e segura, livre e presa, de um lar, de um abraço depois de um dia difícil no trabalho. Ela não dirá "te amo", não por não ser verdade, mas por sempre se sentir envergonhada como se tivesse 15 anos novamente e ela prefere muito mais demonstrar, cuidar dele e estar ali para ele, sendo seu porto seguro do que dizer "te amo". Porque ele sabe. Sempre estarão ali um para o outro e eles encontram paz nisso, num simples abraço faz com que tudo volte para o lugar e o coração fica mais tranquilo.
Ela teme que nunca seja aquilo que ele deseja, ela não se vê do modo como ele diz e isso faz com que ela queira sempre melhorar pra ele, por ele e com ele. E mesmo quando tudo parece estranho entre eles, estão juntos, respeitando o espaço um do outro. E mais uma vez ela para e analisa todo aquele tempo e fica impressionada com o seu crescimento. Aprendeu a ser muito mais ela e não o que gostariam que fosse, aprendeu o respeito e a cumplicidade, lealdade. Aprendeu que ela tem um lugar caso tudo dê errado e esteja de cabeça para baixo. Aprendeu a ficar mais tranquila e a ouvir a voz que por vezes aparece na sua cabeça para sussurrar algo.
Ela gosta das diferenças e das manias iguais, ela gosta como ele se veste e como anda (mesmo que pareça um bobo), ela gosta dos seus cachos caindo em seu rosto e de como ele a segura. Ela gosta do jeito que ele cuida dela e de como ele a salva do escuro ou dos seus pesadelos, ela gosta da liberdade que ele dá até para queimar o frango quando tenta fazer o jantar e a liberdade de contar todas as suas experiências se tornando o maior confidente. Ela o ama por fazê-la se sentir assim todo o tempo e por ser quem é. Ela não precisa de mais, ele é suficiente.
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
De onde vem a calma
terça-feira, 10 de setembro de 2013
Azedume
domingo, 8 de setembro de 2013
Make you smile
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
Tuesday's Gone
Tuesday's gone with the wind
My baby's gone with the wind ♪
sexta-feira, 19 de julho de 2013
Closer
02:18
quinta-feira, 18 de julho de 2013
Just give me a reason
E dava um leve sorriso, cansado da noite que foi agitada e não muito agradável, para ele. Apoiado no ombro dela ele adormece, enquanto ela lhe segura a cabeça. O ônibus mexia muito e apesar de ela ainda estar um pouco bêbada, a noite se passou como um filme em sua cabeça. E a pergunta que não conseguia calar em sua mente "como seria dali pra frente?"
Ele acorda e da um beijo em seu rosto, ela respira fundo e vira para beijar o rapaz. Não é preciso ser adivinha para saber que seu coração acelerou o máximo que pode com aquela atitude.
- Me lembre de conversar com você depois. - Ela pediu, estava bêbada demais para conversar e ele somente concordou.
Eles se beijaram novamente e ela perdia a força quando sentia a mão carinhosa dele em seu rosto. Estavam de mãos dadas desde o início da viagem e ela não iria ousar soltar.
-O que você quer conversar? - Perguntou ele, ignorando totalmente o pedido dela.
- Quero tentar. - Ela responde sentindo que podia se enfiar no primeiro buraco para se esconder.
- Tentar o que? - É a pergunta que ele lhe faz que a deixa mais nervosa ainda. Ela tentou se esquivar da pergunta, tentou beija-lo, mas ele queria ouvir.
- Nós dois! - Ela o beija para calar um pouco a sua mente barulhenta e disfarçar o quanto estava sem graça.
A viagem termina junto com o Sol que resolveu acordar. Eles andam juntos, mas não como no início da noite, eles estavam juntos com as mãos entrelaçadas e ela só queria mais um pouco daquela viagem toda.
Ele a puxou para si e ela se rendeu, depois de tanto tempo e tantas discussões ela se deixou levar. Sentiu falta do abraço dele e de como eles ficavam juntos. De certa forma combinavam, por mais que ela quisesse negar e em certos pontos eram parecidos. Talvez por serem do mesmo signo. Ah, mas ela se deixou levar, esqueceu-se da hora e aproveitou cada segundo.
- Porque você esconde o que sente por mim? - Ele pergunta, ainda beijando-a, deixando-a mais atordoada.
- Ainda tenho medo! - Ela respondeu com uma voz tremula.
Ele a puxava ainda mais para si, quase que unindo os dois corpos. Ela o olhava em meio aos beijos e pensava se tudo aquilo era real ou efeito do álcool. O coração acelerava de medo e vibrava com tudo o que estava acontecendo. Pensou "irei acordar e na verdade, nada passará de uma situação sob o efeito do álcool", e não importando o que tenha feito durante a noite, quando finalmente se deitou, ela teve a certeza de que queria exatamente aquele momento, ela só demorou demais para fazer algo.
terça-feira, 16 de julho de 2013
True love way
terça-feira, 11 de junho de 2013
Move along
When all you got to keep is Strong
Move along, move along like I know you do
And even when your hope is gone
Move along, move along just to make it through ♪
quinta-feira, 6 de junho de 2013
Lágrimas de Diamantes
Ela não via saída. E naquela manhã o choro e o grito foram maior do que imaginava, o travesseiro não conseguia abafar e não havia uma mão para lhe acalentar. Estava sozinha, encolhida por tamanha dor que sentia. Não conseguia se mexer, preferia ficar imóvel, doía menos, mas tinha uma vida a seguir, um sorriso a por no rosto e aparecer ao mundo barulhento. Porém, não naquela hora. Ainda eram meio dia, não queria levantar.
Naquela grama verde se sentaram e permaneceram abraçados tempo suficiente para entrarem no mundo deles, desconhecidos passavam, olhavam e não entendiam, mas eles não viam, estavam num mundo diferente que apesar da dor, era só deles. Ela não sabia mais o que fazer, o coração doía qualquer que fosse a sua decisão. Então permaneceu imóvel. Ela não tinha forças, não conseguia sair dali, onde o abraço era mais forte do que qualquer dia que já estivera com ele. Ela estava tão desesperada para a dor sumir que não pensou na decisão que tinha tomado, mas também não conseguia voltar. "E o que fazer quando tudo era só ele e dele?" ela não conseguia pensar em mais nada, pensou que seria fácil, igual a todos os outros, tomava uma decisão e não questionavam, assim poderia partir, mas ele era uma especie de karma, não a deixava ir tão facilmente, não sem antes esgotar todas as possibilidades de fazer aquilo dar certo.
Ele bem dissera outra vez "você ainda irá me aturar por muito tempo", e ele cumpria fielmente sua palavra, como sempre fazia. Suas mãos não queriam soltar as dela, no momento de voltarem ao mundo turbulento e real parecia-lhes que nunca mais voltariam a fazer aquilo, pelo menos não nesta vida. Ela tentava induzir ele a pratica de desapego, pois quando o fim chegasse, não sentiram tanta dor. Ela não queria depender tanto desse sentimento e queria que fosse o mesmo com ele, talvez assim quando o fim chegasse, o ar poderia continuar em seus pulmões como de costume e ela poderia achar o caminho de casa sem precisar dele como mapa.
Ela se lembrava bem de como era olhar para o mar e sentir o toque dele, olhava as conchas espalhadas na areia, recolhia algumas e brincava. Pensava em como poderia perder tudo aquilo.Então ela decidiu adiar o fim, pois ainda havia muita coisa ali, na verdade, ela não queria o fim e muito menos daquela forma. Um dia, teria fim, mas não desta forma, não agora, não hoje. Porque hoje ela só deseja sentir sua cintura ser envolvida pelas mãos firmes dele, mantendo-a segura, protegendo-a como sempre fazia e sempre perto dele. Ela pode se adaptar a nova situação, não gostaria de quebrar suas promessas de concha, não mais. Um dia tudo aquilo teria fim, ambos sabiam mas não nesta noite.
Que você seja meu e eu seja sua. RAWR
De dia lágrimas, à noite amantes
Lágrimas de diamante ♪
terça-feira, 28 de maio de 2013
Fotografia
Os olhares não ousavam se cruzar, admiravam o mar como se fosse a primeira vez. A lua que banhava o mar, estava completamente cheia e iluminava ambos. Ela segurou a sua mão e apertou, sentia a água gelada em seu pé e como a areia dançava com o vai e vem do mar. Ele a puxou para si, abraçando-a forte ainda de mãos dadas e se olharam de forma plena. A lua observava a tudo silenciosa e majestosa. O vento embalava os cabelos da pequena menina e ele segura seus cabelos com uma mão, inclinando-se para beijá-la.
E naquela linda manhã, ele observava cada traço de seu rosto deslizando suas mãos tocando cada parte, como se esse gesto fosse uma forma de capturar a imagem, como uma fotografia. Ela abria os olhos lentamente, sorriu expulsando a preguiça e o puxa para si, pondo a cabeça dele em seu peito.
segunda-feira, 20 de maio de 2013
Cigarettes
Para aqueles que me aturam quando estou surtando, com a mente mais barulhenta do mundo. Só vocês entendem, somente nós temos força para nos aturarmos, pois não é nada fácil Este é para aquele que bagunça a minha mente e consegue silenciá-la, também.
Que nossas esperanças não morram e nossos sorrisos falsos continuem sustentando nossas lágrimas ardentes para sobreviver por mais alguns dias.
quarta-feira, 15 de maio de 2013
One in a milion
Hoje eu resolvi voltar pra casa no silêncio do meu mundo, mas minha mente estava barulhenta, tão barulhenta que o barulho do mundo se tornava música em meus ouvidos, o vento parecia maresia, ainda consigo sentir o cheiro. Tal vento que embalava meus cachos e tranquilizava a minha mente barulhenta. Me trazia lembranças do abraço que recebi certa noite na praia, que olhando para o mar, as palavras não ousavam se pronunciar. Não era preciso. Saudade sinto, tempo bom, abraço aconchegante. Tal noite que me deixou feliz, por ajudar, por estar ali, pela conversa e companhia. Tal noite que me mostrei 100%.
A viagem que minha mente fazia entre o passado e o presente me deixava tonta. A nostalgia e a curiosidade, o desejo de menina se misturando com o de mulher. E ele me amava, por nós dois até. E não importava o que acontecia em nossa vida, o bom era saber que eu podia chegar e falar, falar até perder a voz, pois ele estaria ali ouvindo. E apesar de todas as brigas, na maioria por culpa minha, não tinha como não sorrir e perturba-lo mais um pouco. E eu odiava quando ele tinha razao, mas adorava ser do contra. Brigava com ele para testa-lo e ria quando ele ficava nervoso. Coisa de criança, coisa de menina. Coisas que nao posso deixar pra tras. E mesmo eu odiando a tentativa dele me colocar numa bolha, eu amava o jeito como ele quer me proteger, possessivo que só ele, e eu adoro brincar com isso. E na nossa negritude nós vivemos, erramos e aprendemos.
Depois de um tempo bateu até um frio na barriga, um desespero e uma vontade louca de ir correndo para o lado contrario ao dele. E o abraço que continuava aconchegante, me aquecia enquanto eu tremia de frio e entao seus labios encontraram os meus e por um breve momento não me importei com o depois. Suas mãos estavam mais firmes e decididas, sabiam exatamente onde ir, mesmo que com uma certa hesitação. E eu nao me importei, pois nós dois sabiamos que aquela noite tinha sido diferente mesmo com o mundo la fora barulhento e confuso. Só não sabemos como será a partir de agora
quinta-feira, 9 de maio de 2013
To build a home
Cause, I built a home, for you... For me. Until it disappeared from me... From you ♪
terça-feira, 23 de abril de 2013
Almost lover
Mas sobrevivo na certeza de que é melhor assim do que não ter nada. A dor nunca se desfaz, permanece ali, esperando um sopro de desespero e volta com uma força esmagadora. Mas permaneço aqui, porque ainda não é hora de dizer adeus. Foi a vida que escolhi e vou vivê-la até não restar nada. Recanto que me escondo do mundo e não existe outro lugar melhor, mas vejamos outros lugares para adorar junto, mesmo não tendo a mesma graça e vou reaprender a jogar, reaprender a ser imparcial, neutra.
Embora todas as imagens venham, um dia terei que dizer adeus para meu romance sem sorte, pois é o que faço de melhor, ser passagem, mesmo querendo tanto ficar. E o oceano me mostrará novamente sua imagem, da multidão em nossa volta e suas mãos nas minhas, a noite será mais fria, não haverá suas mãos firmes para me proteger e me ninar com um aconchegante cafuné. Serão só imagens, que nunca serão esquecidas. Até mesmo da pequenina flor, tudo se tornará imagem. Mas você não me deixaria ir de maneira tão fácil. Meu romance sem sorte, tenho tentado não pensar em você, to aprendendo a viver sem você, de maneira difícil e dolorosa, mas estou. E tenho conseguido, até você segurar em minhas mãos e me puxar para si.
Quando chegar o momento de dizer-te adeus, virarei minhas costas para ti, pois sei que irá me impedir e sabe que tens poder sobre mim. Mas ainda não há motivos para me despedir, seus olhos me encantam e fazem com que eu fique. Ainda não é hora.
Olhando a pequena flor, inocente, não sabia de nada. Pobre flor. Nem eu sabia.
Good bye, my almost lover
Good bye, my hopeless dream
I'm trying not to think about you
Can't you just let me be? ♪
terça-feira, 16 de abril de 2013
Atos
Deito em minha cama, fecho meu olhos e volto para aquele bar. Sou tomada pela raiva, de novo. É assim a três noites. Para aliviar fecho minhas mãos e bato contra a cama, diversas vezes. Meus olhos rasos de água expulsam um pouco da minha dor, mas não a mágoa e com meus olhos ardendo, repito o ato. Estou sóbria demais, me dê mais algumas doses, pode ser aquela do bar, comprada no impulso, na raiva e virei como água, mas lembrei-me que não era água quando esquentou minha garganta. Ah, vamos, eu me comportei, eu poderia ter feito pior, mais que somente um grito e isso daria uma confusão junto com a possibilidade de perdê-lo. É, isso não. O único que silencia o meu mundo, não posso perder por uma coisa estupida. Sim, eu me comportei, pensei demais, mas me abriu os olhos, me colocou novos limites, estes que não quero ousar ultrapassar. Três noites e diversos pesadelos, talvez se ele tivesse encostado nela, poderia me servir para descarregar minha raiva, já que eu não pude fazer nada além de disfarçar. Mas não aconteceu, e também, o cara era grande, acho que não seria algo muito legal pra mim. Será que meu mundo não pode fingir que ele está aqui e se calar? Eu só preciso de paz, apesar de estar sóbria demais e com os olhos ardendo lembrando de como foi chegar em minha segunda casa: "Um banho gelado as cinco da manhã me acalmaria, mas ainda assim fechei minhas mãos, que não com a força que eu queria, foram de encontro a parede. A água gelada cortava minha pele, eu não podia fazer mais barulho, ele iria ouvir, então, tomei todo o ar que eu poderia e sai do banho. Deitei-me e ele me puxou para si.
- Está tudo bem? Última chance, você disse que contaria se algo te incomodasse.
- Ela fala as coisas e não se importa se vai magoar os outros. Ela só fala. E machuca.
Uma pausa se fez, as lágrimas caiam e o abraço dele se fez mais forte.
- Ah mais que inferno.
- Põe pra fora, guardar só vai te fazer mal."
A raiva se desfez, mas não foi esquecido.
sexta-feira, 12 de abril de 2013
Tell me
quarta-feira, 27 de março de 2013
Hardest of Hearts
- Quer ficar sem me ver por um tempo?
- Vai doer.
- Não só em você.
E eu mantive meus olhos fechados, pois sabia que se olhasse para aqueles grandes olhos castanhos, todas as palavras em minha mente sairiam com mais facilidade. Esses olhos que me hipnotizam. Eu não quero ir contra a corrente, só quero permanecer a salvo na margem, e não ir junto com a correnteza. Prefiro deixar o rio passar. Mas mesmo tentando ficar na margem, eu sei, estou indo mais fundo do que eu poderia, e mais sete palmos são cavados. Me dêem meu caixão, pois eu tenho um amor que não consigo tirar e que não sai de minha boca. Me dêem logo esta merda, quero agora, antes que tudo se desfaça. Já que estou sóbria, me ponha em meu caixão enfeitado e jogue-me a terra. Não há desculpas para as condições que me vejo, eu me pus aqui. Cavei mais sete palmos que o normal, me deixe ir, desta vez.
Não haverá, nunca alguém por aqui e a canção já terminou, pois então que se acrescente mais sete palmos e que minha hidropônica se faça presente. A água entra em meus pulmões e eu continuo a respira, não consigo parar, meus pulmões incham e até que seja tarde demais, eu estarei no fundo, onde se tornou o lugar mais seguro no final. Eu sei onde irá terminar, não gostaria, mas sei. Mesmo sabendo, ainda é algo que me preenche, pois está grudado em minha língua e estampado em meu rosto, escorre pela minha pele e me deixa marcas. Não saberás como fui tola, uma boba, mas isso não é desculpa para o estado em que me vejo.